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segunda-feira, 18 de abril de 2011



‘As melhorias passam pelo professor’Higo Lima
Da Redação

Quando a questão é melhorar os indicadores da educação, a grande maioria das políticas pedagógicas parte para dois extremos: ações focadas nos alunos, e aí vai desde conteúdo e metodologias de ensino; ou ainda a questão estrutural, infraestrutura, equipamento laboratorial e outros mecanismos didáticos.
Em contrapartida, medidas que melhorem a educação focadas no principal responsável pela formação educacional, o professor, acabam fincando em segundo plano. No entanto, a Gerência de Educação de Mossoró traçou um percurso diferente para detectar as fragilidades do ensino no município, traçar as políticas de ensino e, obviamente, potencializar os pontos positivos.
A estratégia foi avaliar o "Perfil do Professor Alfabetizador" da rede. Embora o alvo seja o docente, a principal finalidade é o aluno, como esclarece a diretora de Políticas Pedagógicas, Jandira Cruz. "A partir do diagnóstico do perfil dos nossos profissionais, a avaliação irá nos dar subsídio para traçar as nossas políticas de educação", ressalta. A prova foi aplicada a 184 professores, equivalente a 94% do professorado responsável pelas turmas de primeira à terceira série.
A escolha das séries iniciais também tem uma justificativa plausível. A diretora argumenta que este ciclo de educação é responsável pela alfabetização do aluno, por isso "precisamos detectar como estão nossos profissionais, principalmente aqueles responsáveis por ensinar a ler e escrever". E os primeiros resultados foram positivos.
Do montante de profissionais que responderam as questões relacionadas às políticas de educação, 83 professores obtiveram nota 8 e apenas 50 ficaram com menos de cinco. "Com esse resultado, temos condições de fechar os próximos cursos de capacitação: onde deveremos focar nossa atenção e os pontos que devem ser abordados", explica Jandira Cruz.
Outro indicador interessante da avaliação aponta que 185 dos professores que responderam à avaliação são graduados em Pedagogia, os demais, ou têm o magistério, ou são formados em outras áreas afins. A surpresa, no entanto, ficou pela instituição que tem formado estes professores. 178 deles vieram do curso de Educação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
"É bom porque é uma instituição da nossa cidade e isso permite focar a formação na nossa realidade. Além de ser um sinal que estes profissionais estão sendo absorvidos na sua própria cidade", defende a diretora. A primeira ação com o resultado em mãos vem em maio, quando serão realizadas atividades de formação e aperfeiçoamento dos professores. A gerente de Educação, professora Ieda Chaves, defende que a avaliação irá focar a capacitação, pois "ela vai orientar a política de formação continuada, ou seja, vamos oferecer capacitações onde mais há necessidade, serão pontuais e não aleatórias", explica.
Cada professor recebeu, individualmente, o seu desempenho e 12 professores responderam todas as questões corretamente. Entre as perguntas de satisfação, 85% dos docentes disseram estar satisfeitos com a profissão que escolheram.
Provinha Brasil também é considerada meio de avaliação
A batalha por uma melhoria na Educação é complexa e transcende a todas as fases (alfabetização, ensino básico, superior e técnico), no entanto é ainda na alfabetização que tem se concentrado os maiores esforços das políticas públicas nacionais. Isso se dá por dois fatores: a intenção do Ministério da Educação em erradicar o analfabetismo, e, como estratégia de melhoria, é nessa fase que o estudante desenvolve os conhecimentos básicos, como ler e escrever.
A professora Jandira Cruz defende os esforços nesse ciclo argumentando que "uma alfabetização limitada, frágil, pode comprometer todo o rendimento educacional do aluno". Como na educação os problemas acabam sendo interdependentes, ela ressalta que "diminuir o número de analfabetos exige também atenção em outros indicadores", alerta ela, chamando atenção para a necessidade de ações para diminuir ainda a evasão escolar, a distorção entre idade e série, e diminuir o déficit de frequência.
Esses também são aspectos que perpassam pela Avaliação. Tanto que, para diagnosticar o nível de aprendizado dos alunos, a partir de amanhã até quarta-feira, os alunos do terceiro ano letivo entram em uma maratona para responder a Provinha Mossoró.
A provinha é outro instrumento de avaliação com intuito de diagnosticar os conhecimentos nas áreas de Português e Matemática. "Neste primeiro momento, vamos detectar as fragilidades e vermos onde devemos reforçar nas ações", já no final do ano, outra Provinha é aplicada para detectar se a metodologia aplicada foi eficiente.
O teste deve ser aplicado para 1.770 alunos matriculados na terceira série do ensino Fundamental da rede municipal. A iniciativa já foi realizada anteriormente.
Cuidados com higiene evitam câncer
Paulo Sérgio Freire
Da Redação

Foi com 28 anos de idade que o autônomo Antônio Ferreira de Lima - hoje com 34 anos - realizou um procedimento cirúrgico bastante comum entre os homens e feito ainda na infância, a popular cirurgia de "fimose", que basicamente consiste na retirada de excesso de pele do órgão genital masculino. Mas o que deveria ter sido um procedimento simples mudou a vida de Antônio para sempre, com a descoberta de um câncer no pênis (considerado pelos médicos um dos mais agressivos entre os tipos de câncer que acometem exclusivamente os homens).
"O câncer de pênis tem origem um pouco diferente dos demais, ele está ligado diretamente a condições de higiene e educação do homem, além de predisposição hereditária", explica o médico urologista Daniel Medeiros, do Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró. Não diferente, a maior incidência da doença ocorre em regiões pobres do Brasil, sendo o estado do Maranhão um dos mais afetados. Medeiros explica que o câncer começa com alguma ferida ao longo do órgão, "geralmente ela não cicatriza", diz ele. "Para os homens que não fizeram a cirurgia de fimose e têm um prepúcio muito grande, a visualização fica difícil", diz o médico, acrescentando que a higiene do órgão genital torna-se mais difícil também para aqueles que não realizaram o procedimento de fimose.
E foi justamente essa ferida associada às dificuldades de higienização já listadas que levaram Antônio Lima ao estado terminal da doença. Sua esposa, a auxiliar de serviços gerais do município de Mossoró, Valdete Soares de Lima, 48, também reclama do diagnóstico tardio. "Fomos a diversos médicos no início da doença e outros problemas foram ditos, menos câncer", diz ela, reconhecendo também as dificuldades do marido em "cuidar" do órgão, já que o mesmo necessitava de uma maior higiene devido ao excesso de prepúcio. Segundo o médico Daniel Medeiros, a evolução do câncer de pênis é rápida e acomete com maior frequência o homem adulto ou já idoso, "o câncer que acomete o pênis, se não tratado logo rapidamente, se alastra para áreas ígneas próximas, o que torna o índice de cura difícil", diz.
Em Mossoró, os casos de câncer de pênis verificados no Centro de Oncologia, nos últimos dois anos (2009 e 2010), foram de oito pessoas, sendo seis em 2009 e dois em 2010. Além do câncer de pênis, outros dois tipos de câncer acometem exclusivamente os homens. O mais comum é o de próstata, com 70 casos nos últimos dois anos, e também o de testículo, com um caso registrado em 2010.
Dificuldades do casal vão além do câncer 
Além das óbvias dificuldades trazidas com uma doença tão agressiva como é o câncer. Seu Antônio e Dona Valdete ainda convivem com a falta de condições para enfrentar a doença. Moradora de uma pequena casa no bairro Aeroporto, na comunidade da Quixabeirinha, a ASG Valdete Soares faz um apelo: "Queria pelo menos ter como conseguir uma cama para que ele fique mais acomodado", diz.
Casada com Antônio e com um filho de casamento anterior, ela alerta aos homens que façam a cirurgia de fimose, o quanto antes. "Se ele tivesse feito com sete anos, teria sido mais fácil e acredito que ele não estaria nessa cama agora", acredita. Com diversos exames e procedimentos a fazer rotineiramente e ganhando apenas um salário mínimo, sendo essa a única fonte de renda familiar, ela apela para a solidariedade: "Peço que quem deseja nos ajudar, estamos abertos, precisamos muito de ajuda", diz. Aos interessados, a ASG diz que pode entrar em contato, através dos fones (8875 8605 ou 3316 5986).
‘Doença leva a amputação de órgão’, diz especialista
O câncer de pênis já foi, inclusive, fruto de campanha nacional em 2009 promovida pela Sociedade Brasileira de Urologia. O ex-jogador de futebol Zico estrelava a campanha e era chamada de "Cuide bem do seu amigo". De acordo com levantamento feito pela SBU, o câncer de pênis é uma patologia muito frequente no Brasil, acometendo preferencialmente pacientes de baixa renda, não circuncidados ao nascimento, de cor branca, moradores das regiões Norte e Nordeste e que demoram a procurar assistência médica especializada ao notar feridas no pênis. O estudo mostrou ainda que 81,62% dos casos de câncer de pênis acometem homens acima de 46 anos. O Norte e Nordeste juntos têm mais de 50% dos casos.
"Os homens devem ficar atentos a qualquer tipo de lesão no pênis. Devem lavar o órgão genital diariamente e principalmente após relações sexuais. Uma pequena ferida pode ser um tumor maligno que se não cuidado pode evoluir levando a amputação do órgão, como também dos membros inferiores", explica Daniel. De acordo com os médicos, são realizadas por ano cerca de mil amputações de pênis pelo SUS. A amputação é o tratamento mais adequado para casos avançados da doença.
Funcionários do Meios passam por dificuldades e cobram seus direitosEllen Dias
Da Redação 

Após nove anos de trabalho, a professora Milena Karla Silveira, com um bebê recém-nascido, teme não receber nenhum de seus direitos como trabalhadora, nem a licença-maternidade, nem o seguro-desemprego. Milena é apenas uma dos 313 funcionários do Meios em Mossoró que estão sem saber o rumo da vida daqui para frente.
A notícia de que o Governo do Estado não renovaria mais o convênio com a ONG Meios deixou muitas pessoas preocupadas, pois haviam dedicado anos de sua vida às atividades do órgão e agora estão desempregadas.
A principal reclamação dessas pessoas diz respeito à falta de informações. "A gente não sabe de quase nada, ouvi dizer que dariam baixa nas nossas carteiras segunda-feira, mas que a gente não vai receber nada, não vão pagar nossos direitos. E, assim como eu, tem vários outro casos, tem gente que estava no Meios há quase 30 anos", comentou Milena Karla, ex-funcionária do Meios.
Sobre o destino do órgão, a coordenadora local é bem clara. "Não existe mais Meios", declarou Vânia Bolão.
O Meios prestava serviços de assistência a idosos, restaurante popular, Central do Trabalhador, Café do Trabalhador e centro profissionalizante. Todas essas atribuições foram assumidas pelo Governo do Estado.
A maior preocupação gerada pelo fim da ONG diz respeito ao destino das 1.200 crianças matriculadas nas creches do Meios. Segundo a diretora executiva de Políticas Pedagógicas do Município, Jandira de Oliveira Cruz, 576 dessas crianças já foram encaminhadas para alguma creche ou escola do Município.
"Não podemos responder por toda essa demanda do Meios, mas estamos fazendo o possível; vamos priorizar as crianças com idade entre 4 e 5 anos. Mas, infelizmente, não vamos poder receber todas as crianças que estavam matriculadas nessas creches", explicou.
ONGs devem buscar apoios diversificados para sobreviver
Em todo o país, muitas pessoas dedicam sua vida a realizar ações em benefício de outras. E sendo o sistema político e governamental incapaz de suprir todas as necessidades da sociedade, essas pessoas decidem agir por conta própria. Dessa forma, surgem as organizações não governamentais (ONGs).
O Meios se caracteriza como uma ONG, mas sempre dependeu de convênios com o Governo do Estado para se manter. Agora, sem este incentivo, a organização está vendo seu fim como uma coisa próxima e concreta.
Entretanto, o Meios não era a única instituição desse tipo atuando em Mossoró. A cidade possui instituições filantrópicas e não governamentais que sobrevivem sem o auxílio exclusivo do Governo.
Um exemplo de ONG bem sucedida em Mossoró é o Centro Feminista 8 de Março. Criado em 1993, o órgão se mantém através de vários apoios.
"Recebemos recursos de uma cooperação internacional, aproveitamos oportunidades de editais de incentivo, elaboramos projetos, buscamos parcerias, temos um incentivo do Governo Federal, assinamos convênios. É assim que a gente se mantém", explica a sócia-fundadora do centro Conceição Dantas.
Conceição deixa a dica para quem atua em ONGs de Mossoró: "O importante é não se prender a uma única fonte de recursos. Temos a preocupação de assegurar a nossa sustentabilidade e, para isso, a gente sempre está buscando muitos apoios."
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