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segunda-feira, 25 de abril de 2011



Fundação do PSD potiguar provoca primeira divergência pública entre Rosalba e Robinson
BRUNO BARRETO
Editor de Política

A migração do vice-governador Robinson Faria (PMN) causou o primeiro desgaste com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) na atual gestão.
A governadora, instada a comentar em Caicó o que achava da criação do PSD, disse que a legenda "tinha a finalidade de acabar com o DEM". Logo em seguida o deputado federal Fábio Faria (PMN), filho de Robinson, correu para o Twitter para afirmar que a ida de seu grupo para o PSD foi acordada com o marido de Rosalba, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado.
O mal-estar já estava instalado. No dia seguinte, a governadora estava em Mossoró cercada de repórteres. Aproveitou a oportunidade para tentar consertar a declaração. Disse que o PSD causava problemas para o DEM no plano nacional e que a ida de Robinson para o partido era bom para seu governo.
Parou nisso. Nos estúdios da TV Mossoró, durante o programa “Observador Político”, a governadora voltou a alfinetar o correligionário ao relatar como foi a conversa entre Robinson e Carlos Augusto: "Robinson não é do Democratas. Ele é do PMN. Robinson comunicou a Carlos Augusto que ia almoçar com o prefeito Kassabe e Carlos desejou boa viagem", frisou.
O secretário estadual de Agricultura Betinho Rosado (DEM), cunhado de Rosalba, foi específico em suas declarações. "Robinson apenas comunicou que estaria mudando de partido. Não houve conversa", explicou.
Foi o suficiente para mostrar que se não há uma crise entre a governadora e o vice, ficou pelo menos o mal-estar.
Ao longo dos últimos meses foi bastante especulado no Rio Grande do Norte e na mídia do eixo Rio/São Paulo/Brasília que Rosalba iria para o PSD. Seria a forma de ela se aproximar do Governo Federal e obter recursos para obras no Estado na condição de aliada.
Se essa tese dos bastidores realmente procede, a migração de Robinson como descrita por Betinho causa desconforto entre os aliados.
Por enquanto, os grupos de Robinson e o da governadora Rosalba tratam o assunto como uma tentativa de intrigá-los.
HISTÓRIA
Assim como no atual governo, nos oito anos de Wilma de Faria (PSB) à frente da administração estadual, Robinson tinha o status de principal parceiro do governo.
Na condição de presidente da Assembleia Legislativa, ele teve várias crises com a então governadora. Numa delas, em 2007, os dois chegaram a deixar de lado a formalidade da leitura da mensagem anual para trocar farpas.
Antes, em 2006, Robinson chegou a ser anunciado como vice de Garibaldi Filho (PMDB), então favorito para o Governo do Estado, e de última hora recuou do projeto para disputar a reeleição. Naquela época, como agora, Robinson sonhava com o apoio do governo para se eleger senador.
Após muitas idas e vindas, o rompimento entre Robinson e Wilma só se configurou no final de 2009, quando ele finalmente admitiu que não teria o apoio da líder socialista para o projeto de chegar ao Governo do Estado,  sonho maior do ainda peemenista.
Novo partido prejudica PMN e PMDB na composição da AL
O PSD dará uma nova configuração  partidária na Assembleia Legislativa. Os maiores prejudicados serão o PMDB e PMN.
Com a ida de José Dias para o novo partido, a legenda deixa de ser a maior do Palácio José Augusto, ficando com cinco parlamentares.
O PSD terá juntado aos três deputados do PMN, Gesane Marinho, Raimundo Fernandes e o presidente da mesa diretora Ricardo Motta, Vivaldo Costa (PR) e o próprio José Dias. Assim ficando empatado com o PMDB como a maior legenda da Casa. O PSD ainda pode ser a maior legenda da Casa de forma isolada caso mais algum deputado se filie.
Já o PMN ficará resumido ao deputado estadual Antônio Jácome, que assume o comando da legenda no Estado em um momento de esvaziamento e de crise com a Igreja Assembleia de Deus, onde reside seu maior reduto eleitoral. Jácome fica no PMN por estar rompido com Robinson.
O PMN perderá voz no colegiado de líderes com a saída dos deputados. Para ter voz no grupo é preciso ter no mínimo três parlamentares.  Nesse caso, a saída será formar bloco com outras agremiações.
Para se ter a ideia do poder da representação no colegiado de líderes basta que um de seus membros discorde de um projeto que precisa ser votado em urgência para que este não entre na pauta.
Um exemplo clássico disso ocorreu em 2009. Líder do PMDB na época, José Dias não aceitou a dispensa de tramitação do projeto que pedia autorização para empréstimo para a nova adutora de Mossoró. Diante deste problema a proposta teve que tramitar em tempo recorde nas comissões.
FONTE O MOSSOROENSE
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