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quarta-feira, 11 de maio de 2011




Pacientes esperam por mais de 11 horas por serviço de anestesia no Hospital Regional Tarcísio Maia

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hospital_tarcisio_maiaA carência de médicos especialistas, problema nacional e ainda mais crítico no interior, continua comprometendo atendimento no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), apesar do esforço das diretorias, anterior e atual, para resolução do problema.
Entre as especialidades em número de profissionais insuficientes no maior hospital do interior do Rio Grande do Norte, está a anestesiologia, fundamental para realização de procedimentos de urgência e emergência, a finalidade do HRTM.
A anestesiologia é uma atividade médica que consiste em evitar a dor de um paciente que será submetido a uma cirurgia. Só um médico especializado na área e legalmente autorizado pode exercer a anestesiologia.
Porém, a carência desses profissionais nos quadros no Hospital Tarcísio Maia compromete o atendimento aos casos de urgência e emergência. O médico anestesiologista Ronaldo Fixina, membro da Clínica de Anestesiologia de Mossoró, alerta para os perigos da falta de anestesiologistas em quantidade suficiente no HRTM.
Segundo ele, a existência de apenas um anestesiologista de plantão no Hospital Tarcísio Maia, como vem acontecendo, pode deixar um paciente aguardando até mais de 11 horas por uma cirurgia.
"Assim, as cirurgias de emergência ou urgência se transformam em verdadeiras catástrofes e frequentemente, diante dos quadros clínicos cirúrgicos mais dramáticos, não existe vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)", adverte.
RISCOS
Fixina elenca algumas dessas possibilidades catastróficas: um ferimento na perna pode se transformar em gangrena que evolui 5 centímetro a cada 12 horas; apendicite pode virar peritonite (inflamação no peritônio, membrana que reveste abdômen) e septicemia (infecção geral por germes).
"O traumatismo craniano ou o Acidente Vascular Cerebral (AVC ) evolui para sequelas terríveis e irreversíveis, e a fratura exposta evolui obrigatoriamente para anemia aguda grave e, posteriormente, infecção", alerta Fixina.
Segundo ele, a situação exige adoção imediata de providências, pois muitas outras situações críticas ocorrem. Daí a necessidade da disponibilização de mais anestesiologistas de plantão, porque "um tênue espaço de tempo significa a vida ou a morte". 
Líder médico cobra posição do MP
Ronaldo Fixina também cobra uma posição mais enérgica do Ministério Público em relação à carência de anestesiologistas na rede pública de Mossoró.
Informa que a diretoria da Clínica de Anestesiologia de Mossoró foi notificada e intimada pelo MP, anteontem (9), para explicar nos autos de um Inquérito Civil Público nº 005/11-1ª por que os anestesiologistas deixaram de realizar anestesia para cirurgia eletiva (procedimento no qual não existe risco iminente à saúde ou a vida) no HRTM.
O motivo, segundo Fixina, não foi pago procedimento realizado no último dia 1º de março. Ele questiona se o Hospital Regional Tarcísio Maia é adequado para cirurgia eletiva, já que sua finalidade é atendimento de urgência e emergência.
E dispara: "Nenhum hospital em Mossoró tem plantonista da especialidade anestesiologia nem mesmo para as intercorrências de pacientes internados. Isso é muito grave e não tem inquérito civil. Ou tem?".
Diretor do HRTM reitera providências
O diretor do Hospital Regional Tarcísio Maia, Ney Robson, admite a insuficiência de anestesiologista na unidade. Segundo ele, a demanda de atendimento tem aumentado e, realmente, há necessidade de mais profissionais médicos.
Ele também reconhece escalação de apenas um plantonista de anestesiologia no HRTM, mas que a direção está trabalhando para resolver a situação.
"Tem dia que tem apenas um, tem dia que tem dois. Hoje (ontem), por exemplo, são dois, coisa que não acontecia até janeiro deste ano, quando apenas existia um plantonista", diz.
Ney Robson atribui a carência de profissionais à dificuldade financeira do hospital, agravada, segundo ele, por grande saldo devedor, e que a atual gestão está trabalhando diuturnamente para resolver esse e outros problemas.
"A solução definitiva é mais um concurso público, que ainda não há previsão. Entendemos a situação dos colegas, mas estamos lutando para melhorar a situação, porque a população tem que ser assistida de forma adequada. É um problema nacional que estamos trabalhando para resolver em Mossoró e região", afirma.
JORNAL O MOSSOROENSE

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