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sábado, 2 de julho de 2011



Cinco mortos e 2 baleados em operações


Andrey Ricardo
Da Redação

Em pouco mais de seis meses, cinco suspeitos foram mortos em operações policiais e outros dois feridos, contra apenas um policial que foi atingido de raspão durante os confrontos. O último caso ocorreu na noite de quinta-feira passada, quando dois suspeitos de terem assaltado um posto de combustível foram perseguidos e um deles terminou baleado pela Polícia Militar. No ranking dos confrontos, a Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (ROCAM) se destaca entre as demais equipes militares.
A Rocam lidera em disparado no quesito "suspeitos baleados". Ao todo, de acordo com números do Segundo Batalhão de Polícia Militar, sete foram feridos em operações policiais, sendo cinco deles durante ocorrências da Rocam, sem contar com uma morte registrada durante operação da Rocam de Natal, que foi enviada a Mossoró para reforçar o policiamento ostensivo durante a operação "Mossoró em Paz". Em segundo lugar neste quesito, aparece a equipe do Setor de Investigação da PM. São policiais que trabalham descaracterizados e neste ano já contabilizam dois suspeitos feridos.
Proporcionalmente, a Rocam está em um número bem menor se comparado as outras equipes da Polícia Militar que, até ontem, ainda não tinham se envolvido em operações com suspeitos baleados na cidade. O funcionamento da PM é feito a partir de divisão. Cada equipe tem sua atribuição. Na parte de policiamento, além de uma única equipe da Rocam, trabalham na segurança diária ainda cinco equipes de rádios-patrulha - àquelas viaturas de bairro -, uma do Grupo Tático Operacional (GTO) e duas do Patrulhamento Tático-Móvel (PATAMO), fora a Segunda Sessão, equipe de investigação.
Em média, Mossoró chega a ter cerca de 10 equipes diferentes nas ruas, sem contar com a Segunda Sessão, cada uma com suas atribuições específicas, mas a Rocam tem se destacado em relação às demais no quesito "suspeitos baleados". Para o tenente Eromar Sátiro Cavalcante, comandante dessa unidade em Mossoró, a nova metodologia implantada na Rocam é responsável por esses números. Para ele, Polícia e bandidos estão em guerra e é dessa maneira que ele repassa suas orientações aos subordinados. "Eu digo isso a eles todos os dias. Estamos em uma guerra urbana", frisa Eromar.
Segundo o tenente, a grande quantidade de ocorrências com suspeitos lesionados é devido à ousadia dos criminosos e também ao novo estilo que foi incorporado à Rocam de Mossoró. "Eu atribuo essa quantidade de tiroteios a audácia dos bandidos e à política que nós estamos adotando, de treinamento, maior qualificação... Saímos para trabalhar e não sabemos se conseguimos voltar. A situação está assim, mas estamos vencendo. Isso é importante. A quantidade de prisões tem aumentado muito. O placar está ao nosso favor", explica o oficial militar, que assumiu a Rocam recentemente.

Mesmo em menor número, unidade fica mais exposta
A Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (ROCAM) de Mossoró tem atribuições diferenciadas das demais viaturas. Ela tem a responsabilidade de atuar em todo o território da cidade, podendo se expandir além do município. É justamente por isso, segundo a Polícia Militar, que essa equipe tem se envolvido mais que as outras em casos de confrontos.
Uma rádio-patrulha, que são aquelas viaturas de bairro, tem a atribuição de fazer o patrulhamento em determinada área, atendendo um bairro ou mais, dependendo da distância.
No caso da Rocam, ela pode ser acionada para perseguir assaltantes na zona leste da cidade e, logo depois, ter que se deslocar para a zona oeste.
De acordo com o tenente-coronel Túlio César, comandante da PM de Mossoró, essa atribuição diferenciada faz essa unidade ficar mais exposta e, consequentemente, se envolver em mais ocorrências que terminam com suspeitos baleados.
"Como a Rocam é uma força especial, ela pode se deslocar em qualquer setor de Mossoró. Então ela circula mais e tem maior poder de mobilidade do que um carro. São motos. São mais rápidas e o fator surpresa é bem maior, o que é preponderante numa ação dessas. A possibilidade da Rocam surpreender os marginais é bem maior que outras viaturas", esclarece o comandante da PM.
Em comparação com outras viaturas, a exposição é maior, segundo Túlio César. "As outras viaturas não têm liberdade para circular como a Rocam. Cada viatura tem sua área de atuação específica, enquanto a Rocam não, tem toda a cidade para patrulhar e por isso se expõem mais", explica.
Hoje, a unidade é composta por 34 policiais, número bem abaixo do ideal, de acordo com o tenente Éromar Sátiro Cavalcante, comandante da Rocam.
Por dia, são apenas sete homens, sendo quatro deles na viatura e três em motocicletas.
Segundo Eromar, os treinamentos que têm sido realizados com os policiais da unidade também têm influenciado nos resultados das operações.
O oficial faz questão de frisar que, além disso, o armamento da sua equipe também é diferenciado. Os policiais têm à sua disposição escopetas calibre 12, fuzil 762, carabina e metralhadora P40, além de armamento não-letal e outros.
Vigilante é baleado em ação da Rocam
O vigilante Geronildes Firmino da Silva, de 48 anos, foi atingido por uma bala perdida na noite de quinta-feira passada durante uma troca de tiros entre policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (ROCAM) e dois suspeitos. Por enquanto, a Polícia Militar diz não saber de onde partiu o disparo que atingiu o vigilante.
De acordo com a Polícia, dois jovens assaltaram um posto de combustíveis da avenida Alberto Maranhão, Centro, por volta das 20h30 de ontem.
Assim que saíram do posto, eles cruzaram com a equipe da Rocam, que no momento era composta por três motocicletas e uma viatura tipo Blazer, totalizando sete policiais militares.
Segundo o tenente Éromar Sátiro Cavalcante, a dupla atirou contra sua equipe e houve uma troca de tiros. O vigilante levou a pior e acabou baleado.
Os policiais da Blazer abandonaram a perseguição e levaram a vítima para o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), enquanto os outros, nas três motocicletas, saíram em perseguição aos suspeitos.
A dupla percorreu várias ruas da cidade, até ser presa, ainda na região central de Mossoró. O jovem Railson Jota da Silva, de 22 anos, foi baleado na perna, enquanto seu colega, Israel Andrade Tavares, 23, escapou ileso, mas foi preso.
O vigilante e o suspeito continuam internados no Hospital Tarcísio Maia. Até ontem à tarde, o estado de saúde dos dois era considerado estável.
Agora a Polícia Militar deve instaurar um procedimento para identificar de onde partiu o tiro que acertou o vigilante.
À reportagem, o tenente-coronel Túlio César, comandante da Polícia Militar, enalteceu o trabalho dos seus subordinados, frisando que eles somente cumpriram seu dever.
Exames periciais, feitos no Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) podem ajudar a esclarecer de onde partiu o disparo que atingiu o vigilante.
Segundo Éromar, o tiro foi transfixante, ou seja, a bala acertou a vítima e saiu do outro lado. Se o projétil tivesse ficado alojado no corpo, um exame de balística poderia identificar de onde partiu o tiro, a partir da comparação feita com as armas dos PMs e a arma dos jovens.

Fonte: Jornal de Fato
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