
Os três corpos estavam amontoados uns por cima dos outros ao lado de um tronco de árvore. O local é de difícil acesso e ainda faz parte da Cidade Samburá, terreno da cerâmica Samburá. Como a fábrica de telhas e tijolos têm portões que ficam fechados à noite, a polícia acredita que as vítimas e os acusados chegaram ao local pulando o muro do cemitério.
Logo após a descoberta dos corpos, uma multidão se deslocou para a área para acompanhar o resgate. Logo de cara, o tio de um adolescente que estava desaparecido desde o sábado (22) desconfiou que seu sobrinho fosse uma das vítimas. Ele declarou que o rapaz, identificado como Felipe Pereira da Silva, de 16 anos, havia saído de casa naquele dia para ir a festa da Banda Grafith.
Desde então, o jovem não foi mais visto. Apesar das semelhanças físicas e das roupas, o corpo apresentava sinais de decomposição, principalmente, queimaduras devido à exposição ao sol. Mesmo assim, o tio Marcondes da Silva o reconheceu, assim como outro tio da mesma vítima que também esteve no local.
O segundo identificado é um menino de apenas 12 anos. A mãe de Felipe Afonso de Oliveira esteve no ponto onde o corpo foi encontrado e também apontou as semelhanças físicas e confirmou que o filho tinha uma roupa vermelha, igual a que a vítima estava usando. Outra coincidência é que o Felipe Afonso também tinha saído para a festa de Grafith e era amigo do outro Felipe morto.
A mãe dele, Selma Afonso Oliveira, de 44 anos, disse que o filho era viciado em drogas. “Ele entrou nessa vida depois que a gente veio morar em São Gonçalo e, infelizmente, ele se envolveu com pessoas erradas”. Ela os oito filhos se mudaram para o município de São Gonçalo do Amarante há um ano.