Os policiais afirmaram que Flávia chegou ao Rio por volta das 6h de sábado, vinda de Fortaleza, onde parou para colocar um cateter por conta, segundo ela, de um cálculo renal. A polícia ainda não sabe o real motivo de sua vinda ao Rio, mas desconfia que ela possa ter trazido algum recado do marido preso. Na delegacia, a acusada chorava muito e dizia não saber que estava sendo monitorada.
Ela ainda admitiu que estava morando com os dois filhos, um menino e uma menina, cujos nomes foram tatuados em seu braço direito, e com a enteada, em Mossoró (RN), onde visitava com frequência o marido no presídio federal da cidade.
Ela e FB mantém relacionamento há dez anos e a mudança para a atual residência aconteceu para que a família ficasse mais próxima do presídio federal onde o marido cumpre pena.
Flávia figurava em inquérito da 38ª DP (Irajá), que desde 2008 investigava o tráfico na Vila Cruzeiro. Na época, vários mandados de prisão foram expedidos para criminosos e a polícia chegou a percorrer as lojas e salões frequentados por ela na Barra, para tentar prendê-la, sem sucesso. A acusada prestou depoimento na delegacia da Pavuna, onde disse que não estava em São Paulo em janeiro, quando FB foi preso. Ela ainda teria dito que ficou revoltada ao saber que o marido estava na companhia de outras mulheres na ocasião. Flávia foi encaminhada na manhã de ontem à Polinter e deve ser transferida para o presídio feminino do Complexo de Gericinó.FB: um dos traficantes mais perigosos
Fabiano Atanázio da Silva, um dos chefe do Comando Vermelho, foi relacionado à onda de ataques que culminou com a ocupação dos complexos do Alemão e da Penha pelas forças de pacificação, em 2010. Ele também é apontado como o responsável pela derrubada de um helicóptero da PM, no Morro dos Macacos, em 2009. Na ocasião, três policiais morreram.