Faltavam pouco mais de dez minutos para o fim do expediente bancário. No salão de atendimento da agência do Bradesco da Aldeota (cruzamento das avenidas Santos Dumont e Desembargador Moreira), dezenas de clientes estavam nas filas para o caixa ou operando os equipamentos eletrônicos, quando, de repente, o prédio é invadido por cinco homens armados com revólveres e pistolas. Durante a hora seguinte, clientes, funcionários e seguranças viveram momentos de pânico e violência. O ataque dos criminosos à agência teve um desfecho violento para quem o vivenciou, mas foi positivo para as autoridades da Segurança Pública. O roubo acabou sendo frustrado. Um bandido morreu, outros dois foram presos e nenhum dos reféns sofreu ferimentos. O drama da tarde de ontem, porém, ficará por um bom tempo marcado na memória de que estava ali.
No confronto armado, um dos assaltantes levou um tiro na cabeça. O outro recebeu um disparo no rosto. Os dois foram socorridos pela própria PM e levados para o Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro). O primeiro, identificado como João Erivaldo da Silva, 24, com uma ficha criminal de dois assaltos anterior, morreu na emergência. O comparsa dele, Eronildo Alves de Lima (que já responde por porte ilegal de arma), permanece no hospital e, na noite passada, foi submetido a cirurgia.
No cerco montado em todo o prédio, a equipe do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), sob o comando do capitão PM Antônio Cavalcante, fez uma varredura e localizou o terceiro assaltante ainda no local. Trata-se de José Ronaldo da Silva Santos, que já responde por dois homicídios, dois assaltos e, ainda, formação de quadrilha. No fim da operação, a PM recuperou o dinheiro roubado e sete armas (seis revólveres e uma pistola).
“Preciso saber como está minha filha, ela é a gerente. Me diga, por favor, ela está bem?” O desespero dominou não apenas quem estavam no interior da agência do Bradesco/Aldeota na tarde de ontem. Do lado de foram, afastadas do local pelo isolamento da PM, muitas pessoas aguardavam, aflitas, o desenrolar do caso. E uma delas era um homem de meia idade, que se apresentou com pai de uma das gerentes da agência.
.