O coronel da Polícia Militar Wellington Alves, comandante do policiamento na Região Metropolitana de Natal, já está em casa e se recupera bem do tiro que levou na região abdominal. O oficial sofreu um atentado no dia 9 deste mês, no condomínio onde mora, em Nova Parnamirim. O homem que atirou, o subtenente da PM Alexandre Moura Tavares, de 42 anos, que segundo o comandante geral da corporação sofre de esquizofrenia, continua preso. Na manhã desta sexta-feira (19), Alves falou pela primeira vez com a imprensa sobre o ocorrido. Ao G1, com exclusividade, ele se mostrou bem humorado e disse que não vê a hora de voltar ao batente.
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“Na quarta-feira eu vou tirar os pontos da cirurgia. Estou com trinta pontos na barriga. É quase que uma cesariana ao averso”, brincou o comandante. Alves está em casa faz uma semana. “O médico disse que eu nasci de novo. A bala 380 passou raspando a veia aorta. Mas, graças a Deus, estou bem. Não vejo a hora de voltar ao batente, às atividades no quartel”, disse ele..
“Ele ligou pra mim. Já era madrugada, mas eu fui porque o conheço. É um colega de farda. Não vi problema algum em atendê-lo”, explicou Alves.
“Quando eu cheguei ao apartamento dele vi que as luzes estavam apagadas, tava tudo escuro e a porta aberta. Então eu entrei e o chamei. Ele apareceu com duas pistolas na mão e mandou eu sentar no sofá”, revelou Alves.
“Eu simplesmente sentei. Então o Alexandre apontou uma das pistolas para a minha cabeça e começou a me xingar. Ele disse que a conversa comigo ia ser diferente e perguntou se eu estava armado. Respondi que não. Então ele me deu um chute e atirou na minha barriga”, contou.
“Eu procurei tranquilizá-lo. Disse o subtenente que ele tivesse fé em Deus, que eu não queria fazer nenhum mal a ele. Disse que eu não tinha nada contra ele e que eu só queria ir embora. Foi quando ele mandou eu me levantar e ir atrás dele. Alexandre foi caminhando para o quarto e eu atrás. Quando ele entrou, eu percebi que era o momento de sair correndo e fugi do apartamento. Liguei para minha esposa e fomos para o hospital”, concluiu o comandante.
“Ele é uma pessoa doente. Precisa se tratar. Eu só queria saber o motivo dele ter feito aquilo comigo, mas não tenho raiva. Na delegacia, soube que ele respondeu a duas perguntas. Perguntaram se ele tinha alguma desavença comigo. Ele disse que não. E perguntaram se ele usava alguma droga. E ele também respondeu que não. É tudo o que sei”, afirmou.
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