Homens foram presos há dez dias no Ceará e integravam quadrilha no RN. Corpo de agente foi encontrado dentro de carro incendiado em dezembro.

Como o inquérito que investiga a morte do agente penitenciário corre em segredo de Justiça, os detalhes da investigação não podem ser repassados. Natural de Teresina, no Piauí, o agente penitenciário Lucas Barbosa Costa trabalhava no Presídio Federal de Mossoró. Quando foi encontrado pela polícia, o corpo tinha perfurações feitas à bala na cabeça e barriga, estava mãos amarradas e um dos olhos arrancado.O delegado regional de Mossoró, Benes Carvalho, informou que os suspeitos são fugitivos da Cadeia Pública de Mossoró e integravam uma quadrilha responsável por assaltos a caixas-forte, casas, tráfico de drogas e homicídios. Outro integrante da quadrilha foi preso antes deles, no dia 17 de maio, no Vale do Assu. "Os dois fugiram para o Ceará e passamos a informação para a Polícia Civil cearense", explica.De acordo com Benes Carvalho a quadrilha é mesma que trocou tiros com agentes da Divisão Especial de Investigação e de Combate ao Crime Organizado (Deicor) no município de Lajes. Um carro foi queimado e bananas de dinamite foram apreendidas após o confronto. Na ocasião, a polícia suspeitava que os suspeitos iriam explodir a agência bancária da cidade. Nas prisões dos três suspeitos foram apreendidas pistolas .40 e .45, ambas de uso restrito das Forças Armadas.
Juntos, os dois suspeitos respondem 16 processos no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) por homicídios, roubos, posse de arma, tráfico e porte de drogas nos municípios de Assu e Mossoró, na região Oeste, e na cidade de Lajes, região Central potiguar. "A quadrilha é grande, mas está praticamente desarticulada", garante o delegado.