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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Defesa pedirá liberdade provisória de suspeito de matar mulher em Natal



Advogado condiciona soltura com tratamento de psiquiátrico e ambulatorial. Clara Rubianny foi achada no apartamento de Eugênio Becegato.

Eugênio Becegato Júnior foi preso na Bahia (Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal do RN)
Eugênio Becegato Júnior foi preso na Bahia

A defesa do empresário paulista Eugênio Becegato Júnior, suspeito da morte da pernambucana Clara Rubianny Ferreira, de 26 anos, promete entrar com um pedido de liberdade provisória nesta semana. O empresário foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver no inquérito concluído nesta terça-feira pela delegada Karen Lopes, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) da zona Sul de Natal.

Advogado do suspeito, Bruno Cavalcanti Teixeira explica que o pedido de liberdade será feito com a condicionante de que o empresário faça um tratamento psiquiátrico e ambulatorial. "Ele tem residência fixa, é réu primário e tem nível superior com formação no curso de publicidade. Além disso, é preciso trabalhar com a presunção de inocência", afirma. Quanto ao crime, o advogado se limitou a dizer que Becegato Júnior só se pronunciará em juízo. "Não vamos entrar nesse mérito", ressalta Bruno Cavalcanti.

De acordo com a delegada Karen Lopes, o empresário preferiu não responder às perguntas feitas por ela em depoimento. “Eu não sei o que aconteceu dentro do apartamento, quais foram as circunstâncias. Mas, temos a materialidade das imagens do circuito interno, que são bem esclarecedoras, os laudos periciais e as testemunhas, com depoimentos bem coerentes”, colocou.

Eugênio Becegato Júnior, que é natural de Ribeirão Preto, está preso em um Centro de Detenção Provisória (CDP) da capital potiguar sob força de um mandado temporário de 30 dias. A polícia afirma que é dele o apartamento onde o corpo de Clara foi encontrado.

O empresário foi detido no dia 23, quando foi abordado por agentes da Polícia Rodoviária Federal que realizaram uma barreira na BR-116, na região de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia. Segundo os policiais, agentes do serviço de inteligência receberam a informação de que o suspeito viajava em um ônibus interestadual. Após uma operação, ele foi encontrado em um veículo que seguia em direção a Belo Horizonte, Minas Gerais.

Entenda o caso
Clara Rubianny Ferreira tinha 26 anos e era natural de Caruaru  (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
Clara Rubianny Ferreira tinha 26 anos e era natural de Caruaru

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte encontrou o corpo de Clara Rubianny Ferreira no dia 22 do mês passado.  Ela tinha 26 anos e era natural de Caruaru, em Pernambuco. Uma tatuagem na perna possibilitou a identificação da vítima, conforme explicou o chefe de investigação da 15ª Delegacia de Polícia, Edson Barreto.
Clara foi achada enrolada em lençóis e sacos plásticos. Um fio elétrico estava em volta do pescoço da vítima. De acordo com o chefe de investigações da 15ª DP, alguns vestígios achados no local do crime indicam que houve consumo de drogas no quarto onde o corpo da jovem estava. "Achamos um prato e uma gilete, que normalmente são usados para esquentar e separar cocaína", ressalta. Um exame toxicológico solicitado ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) deve revelar se Clara consumiu drogas antes de morrer.

Segundo o médico legista Manoel Marques, coordenador de medicina legal, a jovem morreu em decorrência de um estrangulamento. "O laudo foi assinado pelo legista Cícero Tibério e revela que a jovem foi estrangulada por um pedaço de fio que estava enrolado no pescoço dela", afirmou Marques.

A polícia chegou ao apartamento após uma denúncia anônima de moradores. Vizinhos reclamaram do mau cheiro vindo do imóvel. Os policiais arrombaram a porta e acharam o corpo já em estado de decomposição. Antes da descoberta, Edson Barreto chegou a entrar em contato com o pai de Clara, que mora em Caruaru. "Ele não tinha notícias dela faziam seis dias", contou.
Eugênio Becegato Júnior deixou o prédio por volta das 13h do domingo (21) em uma Cherokee vermelha e não retornou.
O policial também contou que a Polícia Militar esteve no apartamento no dia 19, mas teve a entrada impedida pelo dono do apartamento. "Como não tinham mandado, os policiais preferiram não arriscar", ressaltou o chefe de investigações da da 15ª DP.
Materialidade
A delegada Karen Lopes, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) da Zona Sul de Natal, foi a Bahia no dia seguinte à prisão e buscou o empresário. Na capital potiguar, Eugênio disse que só iria se pronunciar após a emissão do laudo cadavérico. O advogado dele, André Justo, falou ao G1 que pediu uma cópia do inquérito para poder traçar uma estratégia para a defesa. "De qualquer forma, vamos aguardar que o laudo do Itep seja emitido", ressaltou.
Ele, inclusive, teria pensado em esquartejar o corpo e tirá-lo de lá em um carrinho de supermercado"
Karen Lopes,
delegada de polícia
Apesar do silêncio do suspeito, a delegada acredita ter materialidade suficiente da culpa do empresário. Segundo ela, o crime teria acontecido após uma briga entre Eugênio e Clara. “Nós encontramos evidências do consumo de drogas”, apontou. Além disso, Karen afirmou que uma testemunha teria dito que o homem pediu ajuda para ocultar o cadáver. “Ele, inclusive, teria pensado em esquartejar o corpo e tirá-lo de lá em um carrinho de supermercado. Ele tentou conservar o corpo inclusive deixando o ar condicionado ligado direto”, comentou.
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