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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

TJ marca audiência de empresário acusado de matar jovem em Natal



DO G1 RN
Eugênio Becegato Júnior é acusado de matar Clara Rubianny em julho. Audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 14 de outubro.
Eugênio Becegato Júnior foi preso na Bahia (Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal do RN)
Eugênio Becegato Júnior foi preso na Bahia (Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal do RN)

As audiências de instrução e julgamento do empresário paulista Eugênio Becegato Júnior – acusado de matar a pernambucana Clara Rubianny Ferreira – foram marcadas para o próximo dia 14 de outubro, segundo informou o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. O corpo da jovem foi encontrado no dia 22 de julho dentro de um apartamento no bairro de Ponta Negra, zona Sul de Natal. O empresário foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
As audiências, que devem decidir se o empresário vai ou não a júri popular, serão coordenadas pelo juiz Cleanto Alves Pantaleão Filho, da 3ª Vara Criminal de Natal, e estão marcadas para às 8h, no Fórum Desembargador Miguel Seabra Fagundes. Na ocasião, serão ouvidas as testemunhas do caso, além do próprio réu.  Eugênio Becegato Júnior está preso no Centro de Detenção Próvisória da zona Sul de Natal.
Entenda o caso
Clara Rubianny Ferreira tinha 26 anos e era natural de Caruaru  (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
Clara Rubianny Ferreira tinha 26 anos e era natural de Caruaru (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
A Polícia Civil do Rio Grande do Norteencontrou o corpo de Clara Rubianny Ferreira no dia 22 de junho.  Ela tinha 26 anos e era natural de Caruaru, em Pernambuco. Uma tatuagem na perna possibilitou a identificação da vítima, conforme explicou o chefe de investigação da 15ª Delegacia de Polícia, Edson Barreto.
Clara foi achada enrolada em lençóis e sacos plásticos. Um fio elétrico estava em volta do pescoço da vítima. De acordo com o chefe de investigações da 15ª DP, alguns vestígios achados no local do crime indicam que houve consumo de drogas no quarto onde o corpo da jovem estava. "Achamos um prato e uma gilete, que normalmente são usados para esquentar e separar cocaína", ressalta.
Segundo o médico legista Manoel Marques, coordenador de medicina legal, a jovem morreu em decorrência de um estrangulamento. "O laudo foi assinado pelo legista Cícero Tibério e revela que a jovem foi estrangulada por um pedaço de fio que estava enrolado no pescoço dela", afirmou Marques.
A polícia chegou ao apartamento após uma denúncia anônima de moradores. Vizinhos reclamaram do mau cheiro vindo do imóvel. Os policiais arrombaram a porta e acharam o corpo já em estado de decomposição. Antes da descoberta, Edson Barreto chegou a entrar em contato com o pai de Clara, que mora em Caruaru. "Ele não tinha notícias dela faziam seis dias", contou.
Eugênio Becegato Júnior deixou o prédio por volta das 13h do domingo (21) em uma Cherokee vermelha e não retornou.
O policial também contou que a Polícia Militar esteve no apartamento no dia 19, mas teve a entrada impedida pelo dono do apartamento. "Como não tinham mandado, os policiais preferiram não arriscar", ressaltou o chefe de investigações da 15ª DP.
Materialidade
O empresário foi detido no dia 23, quando foi abordado por agentes da Polícia Rodoviária Federal que realizaram uma barreira na BR-116, na região de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia. A delegada Karen Lopes, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) da Zona Sul de Natal, foi a Bahia no dia seguinte à prisão e buscou o empresário. Na capital potiguar, Eugênio disse que só iria se pronunciar após a emissão do laudo cadavérico. O advogado dele, André Justo, falou ao G1 que pediu uma cópia do inquérito para poder traçar uma estratégia para a defesa. "De qualquer forma, vamos aguardar que o laudo do Itep seja emitido", ressaltou.
Ele, inclusive, teria pensado em esquartejar o corpo e tirá-lo de lá em um carrinho de supermercado"
Karen Lopes,
delegada de polícia
Apesar do silêncio do suspeito, a delegada acredita ter materialidade suficiente da culpa do empresário. Segundo ela, o crime teria acontecido após uma briga entre Eugênio e Clara. “Nós encontramos evidências do consumo de drogas”, apontou. Além disso, Karen afirmou que uma testemunha teria dito que o homem pediu ajuda para ocultar o cadáver. “Ele, inclusive, teria pensado em esquartejar o corpo e tirá-lo de lá em um carrinho de supermercado. Ele tentou conservar o corpo inclusive deixando o ar condicionado ligado direto”, comentou.

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