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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

SUSPEITOS ADMITEM PARTICIPAÇÃO EM GOLPES CONTRA PREFEITOS DO RN



Dupla foi presa em operação na tarde desta segunda-feira (30) em Natal. Presos se passavam por autoridades para pedir dinheiro.
Edilson e João Maria são suspeitos de aplicar golpes em prefeitos e empresários do RN (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
Edilson e João Maria são suspeitos de aplicar golpes em prefeitos e empresários do RN.

Suspeitos de aplicar golpes em prefeitos, empresários e grandes comerciantes do Rio Grande do Norte, os dois homens presos nesta segunda-feira (30) em operação da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD) confessaram os crimes. João Maria Augusto da Silva, de 50 anos, e Edilson Genésio da Silva, de 33 anos, usaram nomes de várias autoridades do estado - e até mesmo se passaram por elas - para pedir dinheiro sob o argumento de que uma criança teria leucemia e necessitava de tratamento urgente. Um terceiro suspeito ainda é procurado por participação no esquema.

No depoimento dado ao delegado Júlio César Costa, titular da DEFD, Edilson Genésio da Silva admitiu que para realizar os estelionatos usou os nomes do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Paulo Roberto Chaves Alves, do conselheiro aposentado do TCE, Valério Alfredo Mesquita, do coordenador estadual do Procon, Ney Lopes de Souza Júnior, e do desembargador do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), Manoel Cláudio Amorim dos Santos.

O interrogado informou que fez contatos telefônicos com vários prefeitos do estado, mas só conseguiu consumar os golpes com cerca de oito a dez vítimas, citando os chefes do Executivo Municipal das cidades de Brejinho, Passagem e Porto do Mangue. Edílson também assume ter enviado o outro suspeito preso, João Maria Agusto da Silva, para pegar R$ 2.800 com um representante do prefeito de Touros, Ney Rocha Leite.

Delegado Júlio César Costa, titular da Defraudações (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Júlio César Costa, titular da Delegacia de Defraudações.

A prisão aconteceu no dia 30 de novembro deste ano, quando João Maria foi detido em flagrante nas imediações de uma churrascaria no bairro do Tirol, na zona Leste da capital, ao tentar receber o dinheiro. Desconfiado antes de enviar a quantia, o prefeito procurou a irmã, delegada Kalina Leite Gonçalves, que trabalha na Corregedoria da Segurança Pública, para contar que poderia estar sendo vítima de um golpe. A delegada, sem se identificar, ligou para João Maria e foi ao encontro dele para entregar o dinheiro, ocasião em que o suspeito recebeu voz de prisão.

Em interrogatório, João Maria admitiu a tentativa de estelionato e apontou Edilson Genésio da Silva como o mentor do plano. "Neste caso, o astuto Edilson utilizou-se da identidade do desembargador Cláudio Manoel de Amorim Santos para tentar pegar dinheiro do prefeito Ney Rocha. João Maria foi solto para responder pelo crime em liberdade, mas o processo segue tramitando na 7ª Vara Criminal de Natal", explicou o delegado Júlio César Costa.

A liberdade provisória de João Maria foi concedida no dia 11 deste mês pelo juiz José Armando Ponte Dias Júnior sob a condição de o indiciado se apresentar regularmente e não deixar a cidade. No depoimento desta segunda, João Maria afirmou que recebia entre R$ 300 e R$ 400 por golpe.

Na maioria dos casos, ainda de acordo com o delegado, a quantia solicitada pelo grupo foi de R$ 2.800, "mas teve prefeito que chegou a dar R$ 5.400 acreditando estar praticando uma boa ação", revelou. "O valor total arrecadado pelos suspeitos ainda é incerto. Mas temos relatos e depoimentos que comprovam que pelo menos 15 vítimas, entre prefeitos, empresários e grandes comerciantes, fizeram o repasse de dinheiro para o grupo", acrescentou.

Cheques entregues pelas vítimas aos suspeitos foram apreendidos pela polícia (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Cheques trocados por duas vítimas dos golpes foram entregues à polícia.

O suspeito que não foi preso atuou na Assembleia Legislativa como assessor parlamentar de um deputado estadual. "Até a semana passada ele trabalhava para este deputado, que o exonerou do cargo logo que soube das investigações”, afirmou o delegado. O G1 tentou falar com o deputado, mas ele não atendeu as ligações.

O titular da DEDF afirmou que os suspeitos presos serão indiciados por estelionato e associação criminosa - como passou a ser denominada a prática de formação de quadrilha. Os mandados de prisão preventiva cumpridos nesta segunda-feira foram expedidos pela juíza Emanuella Cristina Pereira Fernandes, titular da 4ª Vara Criminal de Natal.

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