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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

'Pegaram a pessoa errada', diz viúva de hoteleiro suspeita de ser mandante



Ademar Miranda Neto foi morto a tiros no dia 7 de junho na Zona Sul de Natal. Renatta Borsatto foi presa nesta quinta (8) quando prestava depoimento.

Renatta Borsatto foi presa em Natal suspeita de ser mentora do crime. (Foto: Reprodução/Facebook)
Renatta Borsatto foi presa em Natal suspeita de ser mentora do crime.

"A polícia prendeu a pessoa errada. Não tinha motivos para querer o Ademar morto. Ele foi um excelente marido e era o melhor pai que os meus filhos poderiam ter". A declaração é da estudante de Direito Marta Renatta Borsatto, de 30 anos, que foi presa nesta quinta-feira (8) suspeita de ser a autora intectual do crime. Na tarde desta sexta (9), ela conversou com exclusividade com o G1 na condição de não ser filmada ou fotografada.

Ademar Miranda tinha 58 anos e era proprietário de um hotel na praia de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal. Ele foi morto na Avenida Engenheiro Roberto Freire, na noite de 7 de junho. Ele estava dirigindo quando dois homens se aproximaram do carro dele e efetuaram os disparos.

Renatta está presa no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Emaús, bairro de Parnamirim, na Grande Natal. Vestindo uma camiseta branca e short azul, e calçando um chinelo, ela deu entrevista na sala da direção do CDP.

"Não tinha motivos para matar ou mandar matar o Ademar. Embora ainda fóssemos casados, já estávamos em fase de separação. Mesmo assim, por causa dos nossos três filhos, mantínhamos um bom relacionamento. Ele dormia duas ou três vezes por semana lá em casa. Foi o que aconteceu no dia da morte dele, por exemplo", contou Renatta. Os filhos do casal têm 10, 8 e 4 anos atualmente. Por causa da prisão dela, as crianças estão com os pais de Renatta. Ela se emocionou e chorou algumas vezes durante a entrevista.

Ademar Miranda Neto (Foto: Arquivo Pessoal)
Hoteleiro Ademar Miranda Neto foi assassinado em junho, em Natal.

Ela relembrou o dia do assassinato: "Ele passou boa parte da manhã comigo. Saiu, e voltou para almoçar com as crianças. O Ademar ficou lá em casa até umas 15h ou 16h, quando foi para uma consulta médica. No fim da tarde, eu saí e encontrei meu namorado, voltando para casa logo em seguida. Por volta das 22h, recebi um telefonema informando que o Ademar havia sido morto", relatou.

Renatta Borsatto diz não ter ideia de quem tenha matado Ademar Miranda e qual seria a motivação para o crime. "Até onde eu saiba, o Ademar não tinha inimigos. Pelo contrário, ele era muito querido por todos. Mas uma coisa que eu descobri depois da morte dele é que o Ademar tinha muitas dívidas. Só soube depois do falecimento porque ele nunca permitiu que eu me envolvesse na parte financeira da nossa família", falou.

Nesta quinta, o delegado Ernani Leite, que conduz as investigações, disse que Renatta estava se contradizendo. "Ela caiu em contradição várias vezes e ainda tentou induzir algumas testemunhas a falarem o que ela queria. E como nós tínhamos um mandado de prisão foi dada voz de prisão aqui na delegacia mesmo".

A estudante de Direito disse ter ficado surpresa com a prisão. "Eu fui chamada para ir à delagacia para pegar o telefone do Ademar, que ainda estava em poder da polícia. Quando cheguei, o delegado disse que eu deveria dar um novo depoimento, pois havia caído em contradição e estaria coagindo testemunhas. Falei novamente tudo o que já havia dito. Mesmo assim, fui informada que havia um mandado de prisão contra mim. Sobre coação de testemunha, a única pessoa com quem falei sobre a morte de Ademar foi a gerente do nosso hotel, que, por nunca ter pisado em uma delegacia, me perguntou como deveria proceder e me perguntou se eu poderia indicar um advogado", completou.

O advogado que defende Renatta Borsatto, Fernandes Braga, já ingressou com um habeas corpus para libertá-la. "Essa prisão não tem cabimento. Não há nada que ligue a minha cliente ao crime. Por esse motivo, já pedi que a prisão temporária seja quebrada", falou Fernandes. Paralelamente, ele também já pediu que, caso não seja concedido o habeas corpus, a prisão seja convertida para domiciliar. "Isso porque ela é mãe de três filhos menores de 12 anos, que precisam ser amparados".

Renatta Borsatto disse que assim que for solta irá acionar o Estado na Justiça. "Eu não tenho nada a ver com essa história. Fui exposta e meus filhos estão sendo prejudicados por essa história toda", concluiu.

FONTE G1RN
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