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terça-feira, 5 de julho de 2011



MAIS INFORMAÇÕES: Presa quadrilha acusada de matar líder do PT em Serra do Mel


Bando já tinha outra vítima encomendada no muncípio, e esperava as investigações cessarem para voltar a cidade e cometer o outro homicídio.



Foto: Tiago Medeiros
O secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Aldair da Rocha, apresentou hoje (4) pela manhã, em coletiva, o nome dos cinco homens presos, acusados de terem assassinado o jornalista Ednaldo Filgueira, líder regional do PT no município de Serra do Mel. O crime ocorreu no início de junho.

A operação em conjunto das polícias Civil e Federal, investigou o caso nos últimos 15 dias e prendeu 5 homens, que teriam recebido pagamento de um mandante para executar o jornalista. Além dos acusados a polícia apreendeu 8 armas (4 espingardas calibre .12 e 4 revólveres calibre.38) e 25 munições calibre .12 e outras 33 calibre .38.
Foto: Tiago Medeiros
Delegado Marcelo Morsele, Superintendente Regional da Polícia Federal.

Para o delegado Marcelo Morsele, Superintendente Regional da Polícia Federal, “o resultado das investigações foram muito rápidos, dada a complexidade do crime” ele ainda explicou que o envolvimento da Polícia Federal (PF) no caso foi motivado pelo fato da vítima ser jornalista e o Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores ter solicitado formalmente, sob o argumento de provável correlação com a atividade político-partidária da vítima.

O superintendente também disse que outro motivador para a participação da PF nas investigações foi a determinação da Direção Geral do Departamento da Polícia Federal, para verificar se o homicídio estaria relacionado com os cometidos no Norte do país contra líderes de movimentos sindicais e populares.

O delegado Odilon Teodósio, a frente da Polícia Civil nas investigações, relatou que o trabalho de investigação foi inteiramente desenvolvido no campo “fomos buscar informações a quilômetros do local do crime porque as pessoas temiam falar com medo dos matadores de aluguéis” disse.

Teodósio narrou o trabalho das policiais e contou que os acusados já pretendiam realizar outros assassinatos e assaltos aqui em Natal, antes de voltarem a Serra do Mel para executar outro homem, já encomendado pelo mesmo mandante.

“O ponto de partida para o desmantelamento da quadrilha foi a prisão do Rafânio Brito de Azevedo, em sua residência no Planalto, em Natal. Rafânio era o agenciador e intermediário das negociações com o mandante. Junto com Rafânio, foi preso o Abnadabe Nunes Ismael Pereira da Silva, mais conhecido como “foguinho” e apreendido duas espingardas calibre .12, dois revólveres calibre .38 e cartuchos intactos para as armas. A partir deles prendemos, também aqui em Natal, Francisco Fábio Ferreira, o “galego” , um dos executores do jornalista.

Teodósio ainda contou que, em Mossoró, a polícia prendeu Paulo Ricardo da Costa, o “Paulinho” que apontou o local onde estaria enterrada outra espingarda calibre .12 e um revólver calibre 38, no quintal da casa de sua irmã em Vila Guanabara, Serra do Mel. “o último a ser preso foi o Marcélio de Sousa Moura, que era o responsável por guardar as armas e prestar o apoio logístico para o bando. Ele foi preso em Vila Guanabara e com ele foi encontrado enterrado em butijas, no quintal de sua residência, outra espingarda calibre 12 e o revólver que o “galego” teria usado para executar Ednaldo, além de várias munições” narrou o delegado. 
Foto: Tiago Medeiros
Elton Zanatta, delegado da PF.

Segundo o delegado da PF Elton Zanatta, os próximos passos das investigações serão periciar as armas apreendidas para verificar se foram as mesmas utilizadas no crime e seguir na tentativa de identificar o mandante do crime “estamos convictos que Ednaldo foi assassinado por encomenda de algum mandante, que estava contrariado pelas informações veiculadas pelo jornalista, no ‘Jornal Serrano’. Não havia nenhuma outra motivação dos acusados para cometerem tal crime” afirmou.

Ednaldo Filgueira foi assassinado por três homens, em uma motocicleta, no dia 15 de junho, por volta das 22h, no momento em que conversava com outras três pessoas na calçada de seu estabelecimento comercial, no centro do município de Serra do Mel. 

BOMBA: Tenente Coronel e Major estão entre os presos da operação "Batalhão mall"


Da Assessoria de Imprensa do Ministério Público do Rio Grande do Norte:
Operação prende policiais e empresários acusados de corrupção 
Uma operação conjunta batizada de “Batalhão Mall”, deflagrada nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, dia 04 de julho, pelo Ministério Público Estadual e a Polícia Militar, prendeu Policiais Militares e empresários acusados de corrupção nas cidades de Assu, Pendências, Paraú e Mossoró, além da capital Natal.
Mais de 80 homens e 11 Promotores de Justiça envolvidos na Operação deram cumprimento a 15 mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça contra 12 Policiais Militares, incluindo um Tenente-Coronel e um Major, além de três empresários, acusados respectivamente de recebimento e pagamento de propina.

A Operação “Batalhão Mall” teve o objetivo de desarticular organização criminosa responsável pelo cometimento reiterado de crimes de corrupção ativa, passiva e peculato contra a Administração Pública Militar, através de negociatas com pontos bases de viaturas e vendas do serviço policial, especificamente: vendas de escolta de transporte de valores e de vigilância 24 horas, tudo com o uso de viaturas, estrutura da Polícia Militar e Policiais em serviço, e também mediante apropriação de combustível extraído ilicitamente de viatura.

O esquema investigado funcionava com policiais do 10º Batalhão da Polícia Militar, baseado em Assu/RN. A Operação foi deflagrada simultaneamente com cumprimento de mandados em Natal, Assu, Pendências, Paraú e Mossoró. As prisões e buscas foram decretadas pela Auditoria Militar do Estado e pela Vara Criminal de Assu.

Além de desarticular a organização criminosa, o Ministério Público Estadual pretende, com a Operação, cumprir a missão de prevenção geral do sistema punitivo, de modo a inibir práticas semelhantes, bem como somar aos esforços do Comando Geral da PM para reforçar a necessidade de probidade no exercício da função policial, especialmente no que tange a padrões éticos e assépticos na relação Polícia Militar e iniciativa privada.

A Operação “Batalhão Mall” se refere a investigações conduzidas há aproximadamente nove meses por Promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (GAECO) e Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NUCAP)
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Postado por Azevedo 

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