O tumulto começou aproximadamente às 12h30 e só foi controlado por volta das 14h. Durante esse período, os apenados derrubaram grades, queimaram colchões e atiraram pedras nos profissionais que tentavam negociar o fim da confusão, atingindo um dos agentes. "Eles foram avisados que haveria o atraso no almoço, já que está faltando fornecimento de gás. Eles procuram motivos, querem copiar o que está acontecendo nos outros presídios", destaca o agente ferido que sofreu um corte na cabeça.
Logo após o início do tumulto, os agentes do CPEAMN foram acionados para negociar o fim da confusão, sem sucesso. Na sequência, policiais do Grupo Tático Operacional (GTO) também foram chamados, assim como o Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), e até o Corpo de Bombeiros. "Os presos pediam a retirada da PM e após mais de uma hora de tumulto é que a situação foi controlada", diz o agente.
No Pavilhão onde o princípio de rebelião ocorreu há 55 presos. No horário em que os apenados se rebelaram, sete agentes penitenciários estavam de plantão.
Essa não é a primeira vez que há atraso na entrega do almoço dos apenados. Segundo um agente, que não quis se identificar, nos últimos três meses o fornecimento de gás foi interrompido cerca de 10 vezes. "Falta pagamento do Estado, o que atrasa o fornecimento de gás e a alimentação", enfatiza o profissional.
O clima no CPEAMN está tenso desde o último sábado, quando foi deflagrada a greve dos agentes penitenciários estaduais. Durante o fim de semana os detentos promoveram uma rebelião motivada, segundo eles, pelas limitações que foram impostas nos horários de visitas e banhos de sol.
Ainda no fim de semana, os agentes descobriram um túnel de cinco metros de comprimento e dois de largura numa cela. Três apenados foram responsabilizados pela ação e estão pagando numa solitária